Conversando com o paciente (VII)

O fisioterapeuta vem se tornando, cada vez mais, o profissional de primeiro contato.

Mas, o que isto quer dizer? 
Salvo casos que envolvam a burocracia dos sistemas de saúde público e privado (triagem e liberação médica), o fisioterapeuta é o primeiro profissional a ser procurado diante de um quadro de dor, de restrição de movimento ou de alterações nas funções do cotidiano.

Mas, pode?

Não só pode como deveria ser sempre assim.

Em muitos casos, em função de um direcionamento equivocado, o paciente pode ter seu processo de recuperação adiado e, até mesmo, “prejudicado” por precisar aguardar agendamento de atendimento e resultado de exame complementar, por exemplo.

(Apesar de inúmeros estudos já comprovarem a limitada associação entre alterações de imagem e dor, esta conduta continua sendo bastante comum.)

No modelo moderno (e ainda raro) de saúde, todos os profissionais da área não só reconhecem seus limites de atuação como se complementam diante de um atendimento centrado no paciente. A hierarquia mercadológica, portanto, transfere sua “importância” para a recuperação do estado de saúde do indivíduo.

(Humanização sim e com certeza! )

Então, o fisioterapeuta será sempre o profissional mais indicado para tratar um quadro de dor?

Não.

Após a avaliação, caso o fisioterapeuta suspeite de alguma patologia (câncer, síndrome do intestino irritável, alterações vasculares, por exemplo), caberá o encaminhamento a outro profissional da saúde para o diagnóstico diferencial.

Até a próxima!

Equipe Equilíbrio Studio.

“Conversando com o Paciente” é uma campanha em constante movimento, a qual incentiva a aproximação do conteúdo científico às dúvidas trazidas pelas falas dos clientes no dia a dia do consultório. De forma geral, visa informar e esclarecer, colaborando para promoção da educação e saúde do usuário.

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