O que os bebês podem nos ensinar?

“Fiquei angustiada porque não conseguia levantar. Fiquei ainda mais nervosa quando meu filho tentou ajudar e continuei não conseguindo. Foi aí que me acalmei e disse a ele para esperar. Fui engatinhando até o sofá mais baixo, onde consegui apoio para levantar aos poucos – como criança faz, sabe?”

Não é algo que costumamos parar para pensar, mas construímos uma base de movimentos sustentáveis a partir do nosso primeiro dia de vida.

A curiosidade pelo meio e a integração com o mesmo fez com que a gente se expusesse para o ganho de habilidades “simples” e “complexas” em cada fase do desenvolvimento – como exemplos, rastejar para alcançar um brinquedo ou engatinhar feito furacão para chegar mais rápido ao local 42-23054968desejado.

A gente tentou – errou – ajustou – tentou – errou e ajustou por diversas vezes. Em cada ajuste, uma microvitória nos fez ir além.

E fomos, mas paramos. .

Paramos ao ponto de subestimar movimentos como engatinhar e superestimar séries e repetições; de subestimar movimentos aleatórios e superestimar gestos fixos; de subestimar o simples levantar do chão e superestimar cargas externas.

Paramos porque deixamos de nos expor a um cenário que não apresenta mais tantas mudanças no que diz respeito às necessidades corporais.

Paramos porque nossa construção cultural nos reprimiu corporalmente e nos engessou em comportamento.

Subestimamos o corpo e, talvez, uma das questões que nos falte para a manutenção de um estado saudável seja justamente realizar este resgate para que tenhamos recurso antes mesmo de nos depararmos com o cenário descrito no início deste texto.

Sugerimos, portanto, uma reflexão sobre a importância do corpo como uma fundamental ferramenta e não apenas como algo bonito que precisa ser aceito.

Saúde e educação andam juntas, compartilhe esta ideia!😊