Como a leitura antecipada do laudo do seu exame de imagem pode jogar contra a sua melhora?

Conheça os caminhos contraprodutivos que a mente faz diante de algo que pode soar perigoso.

Tudo começa assim: você sente dor. 

Você segue a vida e a dor aumenta. Você se automedica e a dor aparenta certo alívio. O alívio logo passa e a dor volta aparentando estar mais forte. Você dobra a automedicação e o ciclo se repete, mas logo vem o susto porque a dor passa a impactar não só a sua produtividade no trabalho ou nas tarefas de casa bem como nos momentos de lazer com amigos e família. Então, nesse momento, você se convence a agendar uma consulta médica. Após uma pequena conversa, você inicia um ciclo medicamentoso enquanto aguarda o resultado do exame complementar (por exemplo, ressonância magnética) para tomar uma decisão sobre o melhor caminho a seguir.

O resultado sai, mas a consulta para vista de exames parece estar longe. A ansiedade bate e você resolve ler o laudo junto ao Google. Você se depara com termos médicos e sente medo e, por isso, resolve compartilhar o resultado com alguém de confiança. Nomes estranhos como desidratação, hérnia, abaulamento e nervo não saem da sua cabeça. Parece algo grave. A dor aumenta.

Aumenta tanto que o remédio parece não está mais surtindo efeito. Mais uma vez, você se depara com a ansiedade na espera da próxima consulta. Você decide fazer algo por si enquanto espera e resolve pesquisar mais a fundo para checar a solução de pessoas que tiveram a mesma queixa que você – como está sozinha nesta empreitada, recorre mais uma vez ao google e aos grupos de família/amigos no whatsapp. As dicas recolhidas lhe parecem boas e você tenta porque afinal de contas “mal não vai fazer”. Mesmo tentando, o tempo passa e nada acontece de muito significativo. A dor parece aumentar. Você entra em desistência e resolve que não pode mais fazer coisas, estar em lugares ou com pessoas. Você se isola enquanto aguarda a consulta. Você definitivamente não quer que a dor piore.

O dia da consulta chega e, ao estar diante da profissional capacitada que faz a análise crítica do que a tecnologia detectou no exame, diz: o que você tem estruturalmente não tem um significado clínico relevante e é compatível com a sua idade e estilo de vida. Você sente uma mistura de alívio e espanto. Em seguida, desconfia e se recusa a acreditar naquilo porque a percepção de dor aumentou MUITO desde que leu o laudo pela primeira vez.

Pois bem: a ciência moderna da dor – principalmente quando falamos de dor crônica ou persistente (quadro acima de 3 meses) – mudou. Para entender mais sobre aonde essa história vai chegar, acompanhe a nossa próxima postagem.

Até lá, um pedido: por favor, não leia seu exame de imagem caso não tenha competência técnica para isso.

Até a próxima,

Equipe Equilíbrio Studio.